quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Quem serão os eleitos?

Quem serão os eleitos?, Sandra Maia via Yahoo! Colunistas: "
Nessa época de Natal é mesmo comum nos sentirmos sós, cheios de dor e ao invés de luz, felicidade, renascimento, além de enxergar o que não temos.

Quem serão os eleitos?

 

Nessa época de Natal é mesmo comum nos sentirmos sós, cheios de dor e, ao invés de luz, felicidade, renascimento, além de enxergar o que não temos: a família que não construímos, o namorado que se foi, o emprego que não é dos sonhos etc, etc… Ou seja: se um dos eleitos não estiver ao nosso lado, ninguém, ninguém suprirá essa falta! Se uma das conquistas não for a meta, nada nos fará ver que evoluímos.
Posso falar do tema que beira a dependência emocional, o lado avesso do amor, porque durante muitos e muitos anos essa também foi a minha escolha. Não conseguia ver vitória em tudo o que havia edificado. Não conseguia enxergar o milagre de estar viva, principalmente quando as coisas não saíam da forma como desejava.
A questão é que, com o tempo, podemos sempre parar, analisar, respirar e compreender que o que nos trouxe até o presente momento é importante – foi tudo o que nos tornou uma pessoa, um ser!
Então, olhe para trás para poder se inspirar e olhar à frente. Olhe para trás para reavaliar suas escolhas e faça novas! Por vezes, paralisamos ou repetimos as escolhas porque acostumamos.
 
Abandonados?
Hoje pela manhã uma amiga me contou que seus pais se sentiam abandonados…
– “Como abandonados”, retruquei?
– “Você é presente, está sempre lá para eles, os dois tem um ao outro, são saudáveis, tem uma vida confortável. Por que então esse sentimento?”
Ao mesmo tempo, ela comentava que seu filho que com um grupo de amigos havia visitado um asilo e, sim, lá ele encontrou dezenas de homens e mulheres abandonados e, nem por isso, tristes e solitários.

Contentamento
É! Esse é o convite. Será que precisamos mesmo de outro para nos sentir plenos? Sentir o perfume das flores, a sombra boa de uma árvore. Será que precisamos do outro para, como crianças, nos deliciar com as luzes de Natal?
Será mesmo que porque o outro não está do nosso lado não podemos nos voltar para Deus ou seja lá qual for a sua crença? Será que não nos abandonamos muito antes do outro e, daí, o sentimento que nos fere?
Posso falar sem nenhum orgulho que agia exatamente assim. Sem o outro, não era nada. Tudo me parecia sem sentido. O mundo que eu escolhia todos os dias era preto e branco. Mas posso lhe garantir que isso também passa. Por isso, aproveite esse momento para renascer. Renascer na fé, na luz, no amor, renascer no ser.

Conselho
E, se pudesse deixar aqui um “conselho” além do filtro solar, quero sugerir a você o que um médico me disse há alguns meses, quando não estava muito bem de saúde. Fui para esse médico para encontrar respostas e um diagnóstico sobre uma megainfecção que apareceu nas minhas pernas sem nenhum sentido.
Os diagnósticos de todos os médicos anteriores pelo qual passei eram terríveis. Todos indicando para uma doença autoimune, sem muita esperança de um tratamento rápido e eficaz. Enfim, quando cheguei a seu consultório depois de uma longa consulta ele me disse:
– “Seu problema não é físico. É espiritual. Encontre um caminho. Não importa qual a escolha, não importa qual a religião. Faça parte de um grupo, você afinal não está sozinha.”
Aquilo me soou como uma oportunidade. Uma oportunidade de dar uma virada, de agarrar a minha vida com minhas próprias mãos. Há muito trabalhava a questão da interdependência em meu relacionamento. E esse convite me chegou como um chamado.
Com essa recomendação, encontrei na oração a paz que durante uma vida não sentia! Finalmente, consegui aceitar o óbvio, agradecer e confiar que sim, estava em boas mãos, estava com Deus. Era amada de forma incondicional e estava vivendo o despertar do espírito.

Harmonia
E mesmo que isso possa soar estranho a você, acredite: escolhi a cura, escolhi parar de questionar para simplesmente ser. Deixei de caminhar só, não preciso mais provar nada a mim nem a ninguém. Posso pedir ajuda, posso fazer novos amigos, fazer novas escolhas…
Hoje, antes de tudo, sinto-me parte e ao mesmo tempo o todo. E esse sentimento de pertencer traz uma paz imensa. Depois dessa história, espero que você possa também encontrar seu caminho. Que possa compreender que não necessitamos fazer tudo do nosso jeito, da nossa maneira, solitários.
Que possa entender que também não devemos nos abandonar nunca e, que nem precisamos de um eleito – um único amor – para encontrar a felicidade. Podemos amar a muitos e viver o relacionamento com toda nossa energia.
A exaustão, o cansaço, o desespero e a depressão vão aos pouco nos libertando. A vida, por fim, acontece. As histórias passam a ser coloridas, perfumadas, deliciosas, belas e verdadeiras!
Escolhas, sempre escolhas…

Um comentário:

Karina_sba disse...

Passadinha rápida pra te deixar um Feliz Natal!!!! bjs...